quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pesquisadores descobrem planta amazônica que pode curar o câncer

A planta pode ajudar no tratamento de leucemia e Aids.
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Espécie de gengibre é eficaz no combate à doença Amazonas - Originário de países asiáticos, mas encontrado fartamente na Amazônia, o gengibre amargo é a mais nova arma contra o câncer. É o que aponta um estudo em andamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sediado em Manaus, capital do Amazonas. As pesquisas, iniciadas há 15 anos, comprovaram que o composto Zerumbona, extraído de um novo tipo de gengibre (Zingiber zerumbet) é bem mais do que os remédios alopáticos atualmente utilizados no tratamento do câncer.


A descoberta coloca o Inpa na frente de países europeus e asiáticos. Isso porque, trabalhos semelhantes também são desenvolvidos em outras partes do mundo. A mesma planta é utilizada na China no tratamento de diversos tipos de tumores. A medicina tradicional da Indonésia e do Japão também utiliza as raízes da planta no tratamento de dores, aumento do apetite, antiespasmódico e na alimentação. Por exemplo, os japoneses conseguiram desenvolver a partir de Zingiber a Zerumbona sintética, para fins de uso cosmético.


Estudos recentes em poder do governo indicam que há, no Brasil, mais de 10 mil espécies de plantas da Amazônia são portadoras de princípios ativos para uso medicinal, cosmético e controle biológico de pragas. A região concentra também outras 300 espécies de frutas comestíveis e uma rica fauna silvestre. Ao todo, a Amazônia guarda em suas florestas, várzeas, cerrados e rios, um total de 33 mil espécies de plantas superiores.

"Os estudos científicos revelam efeitos citotóxicos de Zerumbona contra células cancerígenas (tumores malignos). Ou seja, a substância atua inibindo a proliferação das células doentes", observou Pinheiro.

Substância combate a Aids

Nas pesquisas sobre a substância, Cleomir Pinheiro também se deparou com outros estudos animadores. Disse que, entre eles, há estudos recentes que apontam o uso do composto Zeburona até mesmo contra a Aids. "A eficácia da planta se deve a sua estrutura simples. Ela é formada por uma cadeia longa, com 15 carbonos, ligados a uma estrutura carbonila cetônica (oxidação de álcoois secundários que tem um radical de CO). A estrutura é chamada cientificamente de sesquiterpeno", explicou.


A comercialização do composto extraído do gengibre está prevista para, no máximo, dois anos. Já existem várias empresas interessadas para colocar o produto no mercado. De acordo com o pesquisador, será um produto de baixo custo, pois ele vem de uma planta que se reproduz facilmente.


"Esse remédio será de grande importância para a sociedade, pois além de ser um forte aliado ao tratamento do câncer, ele também pode ser usado para tratar a leucemia e até a Aids", conta.





Com informações de Agência Amazônia

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