O mercado está interessado em profissionais ligados ao meio
ambiente. E a remuneração média é
atraente.
Cresce no Brasil o número de cursos voltados para a área
ambiental. Segundo o Ministério da Educação, existem hoje no país
aproximadamente dois mil cursos dos mais variados tipos. Somente nas escolas do
Senac, por exemplo, foram oferecidos no ano passado 32 cursos ligados a área
ambiental com 5.414 alunos.
“Nos últimos seis anos, a gente percebeu um aumento de 400%
no número de alunos no estado do Rio de Janeiro. Mas, por conta disso, a gente
começou com cursos menores e evoluímos para cursos maiores de graduação e
pós-graduação”, afirma Marcelo Pereira Barbosa, gerente de produtos de
segurança e meio ambiente do Senac/RJ.
Um dos cursos mais procurados é o de gestão ambiental. A
turma reúne alunos de diferentes idades e formações profissionais. “Minha
expectativa é ter uma consultoria ou estar diretamente contratado numa grande
empresa e poder então usar tudo o que eu aprendi na gestão ambiental”, diz o
aluno Claus Hinden.
“A gente tem o mais variado tipo de público. Tem gente já com
graduação e tem gente buscando trilhar uma outra carreira dentro da vida dela”,
explica o professor do curso, Emilio Masuda.
Neste mercado de trabalho dinâmico e em constante
transformação a tendência é que os profissionais ligados em sustentabilidade
sejam cada vez mais valorizados. É o que revela uma pesquisa da Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro realizada em todo o país.
A pesquisa ouviu 402 empresas que empregam 2,2 milhões de
funcionários. Em todo o brasil, 59% das
empresas pretendem aumentar as contratações na área ambiental até 2020.
Os chamados empregos verdes já respondem por quase 7 % (6,6%)
de todos os empregos formais do país. De 2006 a 2010, o crescimento foi de
quase 27%. Entre as profissões mais valorizadas, estão a de biotecnologista,
engenheiro ambiental, técnico ambiental, engenheiro florestal e gestor
ambiental.
A pesquisa da Firjan também revelou as mais bem remuneradas
neste segmento no estado do Rio. Os salários médios variam de R$ 4.500 a R$
12.980. “Com certeza essas profissões
estarão com muitas oportunidades até 2020”, acredita Ilda Alvez, gerente de
pesquisas do sistema Firjan.
A equipe de reportagem visitou uma das maiores empresas do
mundo na área de cosméticos em Cajamar, São Paulo. Quem deseja subir na vida
por lá sabe que uma boa formação na área ambiental conta preciosos pontos. É o
caso da Inês Cristina Franck. Para chegar ao cargo de gerente de tecnologias
sustentáveis ela teve que aprender a medir os impactos causados pela empresa ao
meio ambiente.
“A gente faz toda a mensuração de quantidade de água que utiliza
na fábrica, quantidade de carbono emitida dentro da nossa rede de transporte
para ver que tipo de ações a gente pode fazer pra melhorar isso”, diz Inês.
Alessandro Mendes coordena uma equipe de 140 funcionários.
Para assumir o cargo de diretor de desenvolvimento da empresa, ele foi obrigado
a buscar informações aonde a maioria das universidades ainda não chegou. “A
academia não atende mais esta velocidade de novas profissões que são criadas e
cabe ao profissional buscar informações por conta própria, ser autodidata e
também cabe a academia rever o seu papel nesse novo contexto”, conclui
Alessandro.
Quem busca uma vaga no mercado de trabalho já sabe: cuidar
melhor do planeta é algo que pode dar muito prazer, e – por que não? –
dinheiro. (G1)
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