Após mais de sete horas de negociação com entidades sindicais, na noite de ontem, funcionários do Banpará decidiram pelo fim da greve que já durava três dias. Em assembleia, o funcionalismo conseguiu aprovar a proposta de reajuste de 10% sobre as verbas salariais, mais 5% de promoção do Plano de Cargos e Salários em 2012; reajuste de 20% sobre tíquete alimentação e cesta alimentação, além de um tíquete alimentação extra de R$ 3.200,00. Os demais bancos seguem em paralisação, sem previsão de retorno.
Ainda na manhã de ontem, bancários e funcionários dos Correios juntaram forças durante protesto realizado na avenida Presidente Vargas, em Belém. A paralisação dos empregados dos Correios começou há 17 dias.
Por volta das 9h30, os manifestantes seguiram a pé da escadinha do cais do porto até a concentração, em frente à sede do Banco da Amazônia. As habituais camisas vermelhas das centrais trabalhistas dividiram espaço com os uniformes amarelos e azuis dos Correios. Acompanhado de um carro som, os grevistas tomaram apenas metade da pista. Os organizadores avaliam que 300 pessoas participaram do ato.
“São duas categorias negociando o piso, duas categorias que passam por problemas muitos semelhantes”, diz Gilmar Santos, diretor suplente do Sindicato dos Bancários do Pará. Dentre as pautas em comum, está a falta de segurança. Outro problema que compartilham é a falta de pessoal. “Desde 2009 não se faz concurso público para contratação nos Correios. Ao invés disso, foi iniciado dois planos nacionais de demissão voluntária que desligaram 8 mil trabalhadores”, afirma o secretario geral do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Pará e Amapá. Atualmente, 2.400 funcionários trabalham para a estatal no Pará.
CORREIOS
Na tarde de ontem, os Correios se reuniram com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares), entidade representante dos funcionários, com o objetivo de concluir o Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. A assembleia, realizada em Brasília, terminou sem acordo.
Os pontos não aprovados do acordo foram a exigência dos funcionários de um piso salarial de R$ 1.635, aumento de mais de 50%, e a contratação de novos funcionários concursados.
PARALISAÇÃO
O Sindicato dos Bancários do Pará informou que 6 mil trabalhadores cruzaram os braços no Estado, de um total de 8.179. Do total de 132 agências e 67 Posto de Atendimento Bancário (PAB) da Região Metropolitana de Belém, 105 agências e 67 PABs estiveram de portas fechadas.
(Diário do Pará)
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