Thaisson e Jefferson foram presos e confessaram o crime contra o professor.
Thaison e Jefferson estão presos |
O professor Anísio Uchoa, que leciona na Escola Polivalente de Altamira, foi assaltado e espancado na madrugada de quinta-feira, dia 09, por dois homens supostamente conhecidos da vítima. De acordo com informações fornecidas pelo professor, que se encontra internado no Hospital Regional da Transamazônica, na noite de quinta-feira passada, ele foi procurado em sua residência por um conhecido de prenome Jeferson, que estava acompanhado de outro homem. Depois que os dois indivíduos entraram na casa do professor, eles dominaram e amordaçaram a vítima e o colocaram dentro de seu veiculo, um Cross Fox. Os dois levaram da residência um notebook, R$ 1.600 em espécie e cartões de crédito pertencentes a Anísio Uchoa.
Ainda de acordo com a versão do professor, os dois homens seguiram para a rodovia Transamazônica, mas antes se dirigiram a uma agência bancária situada no centro de Altamira. Chegando ao banco, perceberam que os caixas já haviam encerrado o atendimento. Os dois assaltantes levaram a vítima para a estrada, no sentido do município de Brasil Novo. Segundo Anísio, em certo trecho da Transamazônica os homens pararam o carro e passaram a espancá-lo, deixando seu rosto irreconhecível.
Depois, eles quebraram o braço direito de Anísio e aplicarem várias pancadas na cabeça do professor. Desconfiados que a vítima já estivesse morta, os dois homens o enterraram em uma cova rasa. Segundo o relato de Anísio, quando ele notou que os rapazes haviam saído do local, mesmo muito ferido, ele conseguiu sair do buraco e alcançou a estrada, onde foi socorrido por motoristas.
Na tarde de ontem, o delegado Silvio Maués, diretor do DPI da Polícia Civil do Pará, informou que os dois envolvidos no crime foram presos na zona urbana de Altamira. “A vítima foi enterrada em cova rasa e teve forças para cavar e andar até a estrada”, resumiu Maués.
Também na tarde de ontem, a APOLGBTTX (Associação da Parada do Orgulho LGBT da Transamazônica e Xingu) protocolou pedido de providências na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em Altamira e Delegacia de Polícia Civil, na Superintendência Regional do Xingu.
Acusados foram presos pela Polícia
Já estão presos na sede da Superintendência Regional do Xingu, em Altamira, sudoeste do Pará, Jefferson Gomes Mello, de 21 anos, e Thaisson Santos de Souza, de 23 anos, autores do roubo e tentativa de homicídio do professor Anizio de Araújo Uchoa Filho, 50 anos. O crime se registrou na noite de quinta-feira passada (16), quando os acusados roubaram o carro, dinheiro, cartões de crédito e objetos de valor da vítima e ainda tentaram matá-la a pauladas em uma área de mata na rodovia Transamazônica.
Desmaiado, o professor foi arrastado e teve o corpo jogado em uma vala e ainda foi encoberto por terra pelos criminosos que, por fim, cobriram o corpo com folhas. A vítima sobreviveu aos espancamentos e conseguiu pedir ajuda na rodovia para chegar até a Polícia Civil onde pediu ajuda e denunciou o crime. Os criminosos foram presos em menos de 24 horas após o roubo em poder de todos os objetos e dinheiro roubados. Os dois, em depoimento prestado em termo de declarações na sede da Polícia Civil, confessaram o crime. A vítima permanece internada no Hospital Regional de Altamira para atendimento médico. O professor teve fraturas no maxilar e em um dos braços, além de vários ferimentos pelo corpo.
De acordo com informações apuradas pelo delegado Paulo Mavignier, que estava de plantão na Superintendência da Polícia Civil, os fatos se passaram entre a noite de quinta-feira passada e a madrugada do dia seguinte. Em depoimentos prestados ao delegado, um dos presos – Jefferson – relata que estava junto ao comparsa no trapiche de Altamira, onde, segundo ele, o comparsa deu a idéia de irem até a casa do professor. Jefferson conta que os dois foram até o local onde passaram a conversar com a vítima. Após algum tempo, os dois teriam saído da casa, porém, sob ameaças de Thaisson, teriam retornado à residência de Anizio. No local, Thaisson sacou uma faca e passou a ameaçar a vítima. Logo em seguida, Jefferson agarrou o professor e o imobilizou com um golpe conhecido como “gravata”. Os dois amordaçaram a vítima, com uma fita engomada, e amarraram lhe as mãos e os pés. Depois, os acusados passaram a saquear a casa, onde pegaram quatro cartões de crédito e de bancos, um computador tipo “notebook”; um telefone celular; um aparelho mp4 e R$ 1.150 em dinheiro. Em seguida, carregaram a vítima desmaiada até seu carro, modelo Crossfox, onde também colocaram os objetos roubados.
Jefferson dirigiu o carro roubado em direção da Transamazônica até a cidade de Vitória do Xingu. No bairro Bacana, nesse município, Thaisson foi até uma casa, onde trocou de roupa. Em seguida, os dois seguiram no carro até uma agência bancária, onde tentaram sacar dinheiro do cartão do banco, porém, não conseguiram liberar a grana porque o caixa eletrônico estava fechado. Assim, Jefferson e Thaisson seguiram no carro pela Transamazônica em direção ao município de Uruará, até uma estrada vicinal de acesso ao município de Brasil Novo. Nessa estrada, eles retiraram o professor do carro, ainda amordaçado e com as mãos amarradas, e o levaram para dentro de uma mata, onde após cerca de 40 metros de caminhada, Thaisson armou-se com um pedaço de madeira e passou a espancar a vítima na cabeça. Jefferson, alega em depoimento, que ficou apenas observando o comparsa espancar o professor. Por outro lado, Thaisson acusa Jefferson de ter também participado dos espancamentos. Após Anizio desmaiar, os dois arrastaram o corpo até uma vala e depois de encobri-lo com terra, esconderam-no com folhas. Em seguida, fugiram do local no carro em direção a Altamira. Ao recobrar a consciência, a vítima conseguiu uma carona e retornou para Altamira, onde, por volta de 03:00 horas da madrugada, denunciou o crime à Polícia Civil. Os presos foram localizados no centro do município durante a tarde de sexta-feira passada. O delegado Cristiano Nascimento, superintendente regional do Xingu, aguarda a mantença do flagrante pela Comarca de Altamira, para providenciar as transferências dos presos ao Sistema Penitenciário da região.
Fonte: Ascom/Polícia Civil e Jornal O Impacto
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