quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Novos estados trarão desenvolvimento

Brasília - Dividir para multiplicar, assim o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) defende a ideia de divisão do estado do Pará para a criação dos estados de Carajás e do Tapajós. Coordenador-geral da Frente pela Criação do Estado do Carajás, o parlamentar argumenta que devido à extensão do Pará o Poder Público não consegue atender a todas as demandas da população e a divisão melhoraria a gestão do estado.
Segundo Queiroz, se o Pará fosse um país, por exemplo, seria considerado o 14º maior do mundo. “A gente quer dividir para multiplicar. Em vez de ter apenas um gestor para um estado do tamanho do Pará, teremos três gestores. Facilita a gestão”, disse o deputado à Agência Brasil. Usando como exemplo a divisão de Mato Grosso para criação de Mato Grosso do Sul e a divisão de Goiás para criar o Tocantins, Queiroz acredita que a divisão do Pará seria um avanço.

 
O combate ao desmatamento e a diminuição dos conflitos agrários, aponta o coordenador-geral, seriam mais eficazes se o Poder Público estivesse mais próximo das zonas de conflito. Para Queiroz, esses problemas ocorrem, principalmente, pela “falta do Estado”. “Não tem Estado para regularizar as terras, para disciplinar a ocupação. O Estado não se antecipa. Hoje na Amazônia, 90% dos desmatamentos estão ocorrendo em projetos de assentamento. Precisamos de planejamento do governo para evitar isso”.

 
Outras dificuldades enfrentadas pelos municípios mais afastados da capital do estado, nas regiões sul e oeste, onde se pretende criar Carajás e Tapajós, localizados a mais de mil quilômetros da capital do estado, são a baixa qualidade da educação e na saúde e a falta de segurança pública. Giovanni Queiroz argumenta que apesar da ascensão econômica dessas regiões, impulsionada pela exploração de minérios, a burocracia devido às distancias impede o desenvolvimento social. “Queremos uma faculdade que não existe, as políticas de saúde, educação tudo isso é muito precário em uma região que é pujante.”


Para o parlamentar, o estado de Goiás cresceu a partir da sua divisão e a criação do Tocantins. Áreas de extrema pobreza do antigo estado de Goiás, pontuou o deputado, hoje são regiões “prósperas” graças à divisão. “Teremos 1,6 milhão de habitantes, o Tocantins tem 1,3 milhão. O Tocantins tem 42 universidades e nós temos duas. O Tocantins tem cinco faculdades de medicina, não temos nenhuma. O Tocantins, que era o corredor na miséria, tem oito faculdades de engenharia. Nós temos apenas uma de engenharia e uma de enfermagem. O atraso educacional é tão grande que chega dar vergonha”.

 
“O Tocantins só conseguiu sair da miséria absoluta depois de criado o estado”, acrescentou Queiroz. Segundo ele, após a criação do Tocantins o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás e do próprio Tocantins somados cresceu cerca de 250% a mais do que o PIB do Brasil. “Da mesma forma cresceram as riquezas em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul”.

 
“Então [a divisão] é um instrumento de crescimento econômico extraordinário”. Queiroz acrescentou que antes de se tornar estado, a área ocupada hoje pelo Tocantins possuía 120 quilômetros (km) de rodovias pavimentadas. Hoje, segundo ele, a mesma área tem mais de 6 mil km de rodovias estaduais pavimentadas. “O Pará, que é cinco vezes maior que o Tocantins, com a população cinco vezes superior e mais de 150 anos como estado, tem pouco mais de 4 mil quilômetros de rodovias pavimentadas”.

 
Para o defensor da divisão do Pará, o aumento das despesas públicas com a possível criação dos dois novos estados representarão “migalhas” em relação ao benefício que será proporcionado para a população. “Não vai aumentar R$ 1 de imposto para o cidadão e melhora a condição de vida para todo o mundo”. Na Câmara dos Deputados serão criadas 13 novas vagas, já que Carajás e Tapajós terão direito a oito cadeiras cada e o Pará, que atualmente tem 17, perderia três e ficaria com 14. Já no Senado seriam abertas seis novas vagas, isso porque todos os estados são representados por três parlamentares.


“Em termos de custo, isso não pesará em nada. A receita do estado é proporcional às receitas da União e vai ser mantida. Serão migalhas as despesas a mais que terão a mais na Câmara e no Senado.”
Ivan Richard

Repórter da Agência Brasil

Um comentário:

  1. A TV LIBERAL FICOU DE FORA.

    Teve início às 9h desta quarta-feira (19), na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, o sorteio da ordem de veiculação da propaganda gratuita do Plebiscito sobre a divisão do estado.

    A RBA TV é uma das três emissoras de televisão escolhidas para exibir os programas eleitorais das frentes plebiscitárias contra e a favor da divisão do Pará, no período de 11 de novembro a 07 de dezembro.

    A TV Record Belém e a TV Nazaré foram as outras duas sorteadas.

    As TVs SBT e Liberal ficarão de sobreaviso, caso haja necessidade de realizarem as transmissões.

    Representantes Do TRE realizam ainda o sorteio para a escolha das rádios que também irão emitir a propaganda.

    O Plebiscito irá acontecer no dia 11 de dezembro. A propaganda será feita em blocos, das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10, no rádio, e das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40, na televisão, sempre às segundas, terças, quartas e sextas e aos sábados, conforme o horário de Brasília.

    SIM AO DESENVOLVIMENTO
    SIM AO NOVO PARÁ

    ResponderExcluir

Pode ficar à vontade para dar sua opinião, mas, por favor, coloque seu nome. Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos por mim antes de serem publicados. Não serão aprovados os comentários:
- não relacionados ao tema do post;
- com palavrões ou ofensas a pessoas e marcas;
-Com nomes fictícios;
-Principalmente os ofensivos e de ataque pessoal serão rejeitados;
Espero contar com a compreensão dos visitantes, pois este blog é um veículo de comunicação sério e que prima pelo bem estar do cidadão sempre levando a notícia com ética e seriedade.

Curta o Portal no Facebook

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...