Os casos de contaminação pela gripe A (H1N1) começam a assustar a população do interior do Estado. Em Paragominas, no sudeste paraense, foi sepultado o corpo da primeira vítima fatal da doença no município, identificada como Ivonete Ferreira, 55 anos. Ela chegou a ser internada no Hospital Municipal de Paragominas, mas foi transferida para um hospital particular em Belém, onde morreu.
Segundo o secretário de Saúde de Paragominas, Lucídio Lobato, a vítima esteve recentemente em Pernambuco, onde teria contraído o vírus, e já estaria com a doença em estado avançado quando retornou.
Em Santarém, duas mulheres grávidas tiveram o resultado positivo para a gripe A, segundo exames expedidos no último dia 5 pelo Instituto Evandro Chagas (IEC). As duas estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 25 de fevereiro, em estado grave de saúde.
No mesmo período em que as grávidas deram entrada no hospital, outras duas pessoas apresentaram sintomas da gripe A, uma médica e uma criança. As duas não necessitaram de internação porque não evoluíram os sintomas. Foram liberadas assim que receberam medicamentos.
No Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, outra paciente com suspeita da doença deu entrada na manhã de ontem. O material para exame foi coletado e enviado ao Instituto Evandro Chagas, em Belém, e deve sair em sete dias. A paciente foi encaminhada pelo Hospital Municipal e encontra-se internada na UTI Adulto com quadro clínico grave.
Na Fundação Santa Casa, em Belém, uma paciente vinda de Castanhal morreu no último domingo vítima da gripe A, dez dias depois do seu filho recém-nascido, que morreu com diagnóstico de hidropsia fetal, um quadro grave que não está relacionado à gripe A. Com ela, cinco mulheres foram a óbito pela gripe A na Santa Casa - todas vindas de municípios do interior e já recebidas no hospital em estado grave.
Já em Redenção, onde estima-se que cerca de 30 mil pessoas devam ser imunizadas contra a gripe A, que em 2009 matou duas pessoas e infectou várias outras no município, a vacinação ainda não iniciou porque a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) não enviou as doses da vacina, nem deu uma previsão de quando isto será feito.
Segundo a coordenadora do Departamento de Epidemiologia do município, Fernanda Nunes, ela encaminhou à 12ª Regional de Saúde do Sul do Pará, órgão subordinado à Sespa e que fica em Conceição do Araguaia, a 100 km de Redenção, um pedido de aproximadamente 1.400 doses da vacina que seriam para imunizar os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia. Entretanto, o órgão informou que o pedido não poderia ser atendido, pois a Secretaria de Estado de Saúde não repassou o material para dar início à Campanha de Vacinação contra a gripe A. Além de Redenção, a 12ª Regional de Saúde também é responsável por todos os municípios do sul do Pará, e nenhum deles recebeu as doses da vacina, apesar da Sespa ter confirmado surto de gripe A no Estado.
Fonte:www.diariodopara.com.br
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