O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a principal
atração do Programa do Ratinho na noite desta quinta-feira (31/5). Durante a
apresentação, o líder petista disse que não iria tentar a reeleição à
presidência da república e aproveitou para alavancar a candidatura de Fernando
Haddad para a prefeitura de São Paulo. Questionado sobre a recente polêmica
envolvendo o ministro do STF Gilmar Mendes, ele afirmou não ter interesse em
comentar o assunto. “Quem inventou a história que prove a história”, se limitou
a dizer.
Segundo o ex-presidente, as portas estão abertas para que
Dilma Rousseff tente a reeleição no fim do mandato. “Poucas vezes conheci uma
mulher tão forte de caráter como ela. Tenho certeza que a presidente vai chegar
muito forte no fim do mandato e eu serei seu cabo eleitoral para a reeleição. A
única hipótese de (eu) voltar para uma campanha eleitoral é a Dilma não querer
se reeleger. Aí eu não vou deixar um tucano voltar a ser presidente do Brasil”,
disse.
Lula aproveitou a presença do ex-ministro da Educação, que
estava na plateia, para tecer elogios ao candidato petista à prefeitura de São
Paulo. O ex-presidente deu a entender que descartou a candidatura de Marta
Suplicy por querer “algo novo para São Paulo”. “Acho que a cidade precisa ter
alguém que tenha o entusiasmo que ele teve como ministro da Educação. Ele vai
entrar para a história como o ministro que criou o ProUni e fez mais escolas
técnicas na história deste país”, emendou.
Quando Haddad foi questionado pelo apresentador se São Paulo
confiaria em alguém com pouca experiência, o candidato foi enfático. “A
população votará no novo porque ela quer mudanças”, apontou.
O câncer
Ratinho aproveitou para questionar como o ex-líder do país
recebeu a notícia da descoberta do câncer. “Eu estava no México para uma
palestra e minha garganta começou a doer. No Brasil, aproveitei uma visita da
Marisa ao médico e fiz alguns exames. Então, logo depois vi que os médicos
estavam com uma cara estranha. Foi aí que fui comunicado do câncer de 3 cm na
corda vocal”, disse. “Hoje minha garganta está inflamada, esse é o pior efeito
colateral”, comentou.
O petista ainda acrescentou, em tom de brincadeira, que
adquiriu o terno que vestia no programa para ser usado caso o tratamento contra
a doença não fosse bem-sucedido. “Comprei o terno para o caixão, porque não
queria ser enterrado utilizando um modelo velho”, riu.
“O tratamento é duro. A quimioterapia e a radioterapia são
pesadas. Mas tem que ter dedicação e disciplina para cumprir as regras impostas
pelos médicos”, disse, acrescentando que irá participar de uma campanha
publicitária que irá alertar a população sobre a doença.
Perguntado sobre a situação da saúde no país, Lula culpou a
oposição. “Saúde precisa de dinheiro. Quando a oposição tirou a CPMF, eles
(sic) tiraram R$ 40 bilhões por ano que eram destinados à saúde. No meu mandato
eu queria levar dentista e médicos para a escola, como acontecia na década de
1950. Então, por vingança a oposição tirou a CPMF e todo o dinheiro que seria
aplicado nesta área”, lembrou.
Fonte: Correio Braziliense com publicação no Impacto
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