O Ministério Público de Uruará denunciou nesta terça-feira (29) Cristiane
Santos Fantin, acusada de jogar o próprio filho recém-nascido num poço, o que
provocou a morte do bebê em Uruará. O caso ganhou repercussão porque antes de
confessar o crime a mulher afirmou que a criança havia sido sequestrada. A
denúncia foi feita pelo promotor de justiça Arlindo Jorge Cabral Junior e
recebida pelo Juiz da Comarca do Município.
Cristiane foi denunciada pelos crimes de homicídio por motivo
fútil, com uso de meio cruel, ocultação de cadáver e falsa comunicação de
crime. A Promotoria pediu a instauração da ação penal, e que a ré seja
pronunciada e submetida ao tribunal do júri.
No dia 25 de abril deste ano a acusada denunciou o suposto
sequestro de seu filho, nascido no dia anterior. Cristiane relatou que no
momento de falta de energia na cidade, o bebê havia sumido. A polícia de Uruará
foi mobilizada para descobrir o paradeiro da criança, inclusive com
deslocamentos para municípios vizinhos.
Mas, no dia 28 de abril, o proprietário da casa onde a mãe do
menino estava hospedada notou um forte odor oriundo do poço da residência, de
cerca de 20 metros de profundidade. O local foi verificado, sendo encontrado o
corpo do recém-nascido.
Questionada, a mãe confessou o crime, afirmando que se
aproveitou de um momento de distração da pessoa que a acompanhava para jogar o
filho. O motivo teria sido a não aceitação da gravidez pelo pai da criança.
Relatou ainda que já havia tentado abortar o bebê meses antes do nascimento.
O Promotor ressalta na denúncia a inexistência de alegação de
crime cometido pela condição do estado puerperal, que pode causar perda de
razão, seguido de quadro característico de distúrbio hormonal, o que não
ocorreu com a denunciada, de acordo com laudo psicológico apresentado.
Ao contrário do quadro causado pela depressão pós-parto, a
promotoria afirma que, de acordo com os relatos, os crimes foram planejados com
vários meses de antecedência e que a “denunciada demonstrou, a todo o momento,
saber exatamente o que fez e como fez, relatando com frieza todos os detalhes
dos crimes perpetrados”, disse a denúncia.
Fonte: MPE
Oh meu Deus! Quanta crueldade e sofrimento humano por hipocrisia! Um aborto seguro e legal teria sido menos violento, pena que aqui a mulher não pode escolher sobre o próprio corpo!
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