quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mãe que jogou bebê no poço é denunciada pelo Ministério Público


O Ministério Público de Uruará denunciou nesta terça-feira (29) Cristiane Santos Fantin, acusada de jogar o próprio filho recém-nascido num poço, o que provocou a morte do bebê em Uruará. O caso ganhou repercussão porque antes de confessar o crime a mulher afirmou que a criança havia sido sequestrada. A denúncia foi feita pelo promotor de justiça Arlindo Jorge Cabral Junior e recebida pelo Juiz da Comarca do Município.
Cristiane foi denunciada pelos crimes de homicídio por motivo fútil, com uso de meio cruel, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime. A Promotoria pediu a instauração da ação penal, e que a ré seja pronunciada e submetida ao tribunal do júri.



No dia 25 de abril deste ano a acusada denunciou o suposto sequestro de seu filho, nascido no dia anterior. Cristiane relatou que no momento de falta de energia na cidade, o bebê havia sumido. A polícia de Uruará foi mobilizada para descobrir o paradeiro da criança, inclusive com deslocamentos para municípios vizinhos.

Mas, no dia 28 de abril, o proprietário da casa onde a mãe do menino estava hospedada notou um forte odor oriundo do poço da residência, de cerca de 20 metros de profundidade. O local foi verificado, sendo encontrado o corpo do recém-nascido.

Questionada, a mãe confessou o crime, afirmando que se aproveitou de um momento de distração da pessoa que a acompanhava para jogar o filho. O motivo teria sido a não aceitação da gravidez pelo pai da criança. Relatou ainda que já havia tentado abortar o bebê meses antes do nascimento.

O Promotor ressalta na denúncia a inexistência de alegação de crime cometido pela condição do estado puerperal, que pode causar perda de razão, seguido de quadro característico de distúrbio hormonal, o que não ocorreu com a denunciada, de acordo com laudo psicológico apresentado.

Ao contrário do quadro causado pela depressão pós-parto, a promotoria afirma que, de acordo com os relatos, os crimes foram planejados com vários meses de antecedência e que a “denunciada demonstrou, a todo o momento, saber exatamente o que fez e como fez, relatando com frieza todos os detalhes dos crimes perpetrados”, disse a denúncia.

Fonte: MPE

Um comentário:

  1. Oh meu Deus! Quanta crueldade e sofrimento humano por hipocrisia! Um aborto seguro e legal teria sido menos violento, pena que aqui a mulher não pode escolher sobre o próprio corpo!

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