Procurador Federal Felício Pontes que participou dos debates e o Jornalista Diego Mota. |
Organizações não governamentais, movimentos sociais e lideranças
comunitárias estão discutindo esta semana os impactos previstos para a região
com a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós. A licitação para a obra
deve sair ainda este ano com previsão de entrega em cinco anos.
O governo federal
enviou esta semana ao congresso, o projeto de redução de cinco unidades de
conservação da região da BR-163. A medida visa liberar quase 80 mil hectares de
florestas para a construção de três grandes hidrelétricas nos rios Tapajós e
Jamanxim. A desafetação liberaria uma área estimada de 78.000 campos de futebol
a serem alagadas pelas hidrelétricas de São Luiz, Jatobá e Cachoeira dos Patos
O chamado Complexo
Hidrelétrica do Tapajós é um conjunto de cinco grandes hidrelétricas previstas
para a bacia do rio Tapajós (rios Tapajós e Jamanxin). O conjunto das
hidrelétricas deverá inundar mais de 200.000 hectares envolvendo unidades de
conservação, terras indígenas, comunidades ribeirinhas, áreas de colonização e
terras públicas em processo de regularização fundiária.
Segundo o governo, a
construção das usinas vai possibilitar o crescimento energético do País com a
produção de mais de 10 mil megawatts de energia. A mais importante delas ficará na comunidade de São Luiz do Tapajós, um
vilarejo que paradisíaco que pode ser prejudicado pela inundação.
Além de são Luiz
também deve quase que completamente inundada a Comunidade de Pimental, como
mostra durante os debates um gráfico apresentado por uma ONG de proteção dos rios da Amazônia.
Representantes da ONG
internacional rios vivos destacam que a construção de hidrelétricas é uma
ameaça à natureza e às populações amazônicas.
Outros projetos de
construção de hidrelétricas também enfrentam resistência, mais avançam sob
protesto de ambientalistas, em Altamira a construção de belo monte também mudou drasticamente a realidade da
cidade, que vive uma grande explosão demográfica e parece não ter se preparado
para os impactos da construção. Estudiosos do assunto alegam que a experiência de outras barragens não tiveram
resultados positivos, ela cita o caso da hidrelétrica do rio madeira em
Rondônia, onde a população pagou um preço auto pela obra.
A licitação para
construção das usinas do Tapajós devem sair ainda em 2012, e terão um prazo de
construção de cinco anos, com previsão de empregar 25 mil pessoas de maneira
direta. Segundo o governo, a obra será na modalidade plataforma para evitar maiores impactos, também haverão projetos de
recuperação da vida nos rios e da selva prejudicada, mas o ministério publico
federal vê a obra com desconfiança. O procurador federal Felício Pontes, aponta
que há exemplos claros de que as hidrelétricas são uma ameaça à região e podem
se substituídas por outras iniciativas.
Os impactos previstos
com a construção de hidrelétricas no rio Tapajós atingiriam duas terras
indígenas, além de afetar diretamente outra; a Terra Indígena (TI) Kayabi, que
acompanha o rio Teles Pires por 280 km. A mais afetada ser deve a comunidade mundurucu;
o caciqueThiago Akai, se diz preocupado com o processo de construção de
hidrelétricas na região.
Se estas previsões se
confirmarem, o majestoso tapajós que hoje é patrimônio da região e suas belas
paisagens poderão apenas ficar na memória de quem já desfrutou este privilegio.Fonte, Garimpando Notícias
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