terça-feira, 1 de maio de 2012

Sojicultores querem transportar soja por balsa


Produtores de soja em Mato Grosso estão pensando na construção de uma rota de balsas ligando as regiões do norte do estado com o Rio Amazonas. O caminho lógico para a operação de balsas seria sobre os Rios Teles Pires e Tapajós que se iniciam em Mato Grosso e terminam no rio Amazonas na cidade de Santarém no Pará. Já existem unidades de grãos no Porto de Santarém, que serão ampliadas para coincidir com a conclusão de uma estrada asfaltada do norte do Mato Grosso ainda este ano. Há alguns poucos barcos que atualmente transportam soja até o porto, mas eles percorrem todo a Amazônia no estado de Rondônia. Se a operação de barcaças for colocada em operação, isso representaria um fator importante para os mercados mundiais de soja produzida no estado.


Um grupo de agricultores de soja, conhecido como Pro-Logística, estima que o custo de transportar a soja do norte de Mato Grosso para os portos do sul do Brasil pode ser tão elevados quanto nos EUA, cerca US$ 120 por tonelada, mas com as balsas operando, o custo poderia ser reduzido para cerca de US$ 56 por tonelada. Para os agricultores de soja em Mato Grosso, isso representaria uma economia de R$ 1,9 bilhões por ano em custos de transporte.

Pouca soja é cultivada no norte do Mato Grosso por causa do alto custo do transporte até os portos no sul do Brasil. Com a operação de balsas no local, estima-se que 9 milhões de hectares de plantações (principalmente soja) possam ser cultivadas no estado sem desmatar qualquer nova área, apenas usando pastagens existentes. Na verdade, a maior parte da expansão da área plantada de soja no estado ao longo dos últimos anos tem sido a partir da conversão de pastagens degradadas para a produção de soja.

O custo total para o implantação de um sistema de balsas é de aproximadamente R$ 7 bilhões, mas que podem ser convertidos em economia de custos em apenas quatro anos. O Ministério dos Transportes já destinou R$ 2 bilhões para a construção de quatro eclusas no rio Tapajós, mas o grupo Pro-Logística quer o sistema operando até o norte do Mato Grosso. Atualmente, apenas 280 quilômetros são navegáveis ​​e com todo o sistema em operação, haveria 1.400 quilômetros de rios navegáveis.


Atualmente, em todo o norte do Brasil, há apenas um bloqueio localizado no rio Tocantins. Se tudo saísse de acordo com os desejos do grupo Pro-Logística, os quatro eclusas no rio Tapajós estariam prontas em 2018 e todo o sistema operacional em 2025.

Segundo o deputado Dilmar Dal´Bosco (DEM), só com as hidrovias conseguiremos diminuir o tráfego de veículos pesados  que é altamente poluente e perigoso.Cenário MT

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