Produtores de soja em Mato Grosso estão pensando na
construção de uma rota de balsas ligando as regiões do norte do estado com o
Rio Amazonas. O caminho lógico para a operação de balsas seria sobre os Rios
Teles Pires e Tapajós que se iniciam em Mato Grosso e terminam no rio Amazonas
na cidade de Santarém no Pará. Já existem unidades de grãos no Porto de
Santarém, que serão ampliadas para coincidir com a conclusão de uma estrada
asfaltada do norte do Mato Grosso ainda este ano. Há alguns poucos barcos que atualmente
transportam soja até o porto, mas eles percorrem todo a Amazônia no estado de
Rondônia. Se a operação de barcaças for colocada em operação, isso
representaria um fator importante para os mercados mundiais de soja produzida
no estado.
Um grupo de agricultores de soja, conhecido como
Pro-Logística, estima que o custo de transportar a soja do norte de Mato Grosso
para os portos do sul do Brasil pode ser tão elevados quanto nos EUA, cerca US$
120 por tonelada, mas com as balsas operando, o custo poderia ser reduzido para
cerca de US$ 56 por tonelada. Para os agricultores de soja em Mato Grosso, isso
representaria uma economia de R$ 1,9 bilhões por ano em custos de transporte.
Pouca soja é cultivada no norte do Mato Grosso por causa do
alto custo do transporte até os portos no sul do Brasil. Com a operação de
balsas no local, estima-se que 9 milhões de hectares de plantações
(principalmente soja) possam ser cultivadas no estado sem desmatar qualquer
nova área, apenas usando pastagens existentes. Na verdade, a maior parte da
expansão da área plantada de soja no estado ao longo dos últimos anos tem sido
a partir da conversão de pastagens degradadas para a produção de soja.
O custo total para o implantação de um sistema de balsas é de
aproximadamente R$ 7 bilhões, mas que podem ser convertidos em economia de
custos em apenas quatro anos. O Ministério dos Transportes já destinou R$ 2
bilhões para a construção de quatro eclusas no rio Tapajós, mas o grupo
Pro-Logística quer o sistema operando até o norte do Mato Grosso. Atualmente,
apenas 280 quilômetros são navegáveis e com todo o sistema em operação,
haveria 1.400 quilômetros de rios navegáveis.
Atualmente, em todo o norte do Brasil, há apenas um bloqueio
localizado no rio Tocantins. Se tudo saísse de acordo com os desejos do grupo
Pro-Logística, os quatro eclusas no rio Tapajós estariam prontas em 2018 e todo
o sistema operacional em 2025.
Segundo o deputado Dilmar Dal´Bosco (DEM), só com as
hidrovias conseguiremos diminuir o tráfego de veículos pesados que é altamente poluente e perigoso. Cenário MT
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