O evento foi coordenado pela CDL, Associação Empresarial de
Itaituba, FAMEP e pelo consórcio dos seis municípios diretamente afetados pelas
barragens, que são Itaituba, Trairão, Novo Progresso, Rurópolis, Jacareacanga e
Aveiro.
Um grande número de pessoas quase lotou as cadeiras colocadas
em toda a quadra de jogo da Associação Atlética Cearense, correspondendo às
expectativas dos organizadores e demonstrando que a sociedade está ligada e
interessada em discutir essas questões.
Como o número de oradores era muito grande, foi estabelecido
o tempo de três minutos para cada um expor suas ideias. Alguns se excederam,
mas, ninguém chegou a abusar demais do tempo.
Secretários municipais e vereadores de quase todos os
municípios da região do Tapajós estiverem presentes.
De Santarém, vieram os vereadores Dayan Serique e Rogério
Cebulisky.
A tônica dos discursos foi focada nos investimentos que estão
acontecendo e que estão por vir para a região, com os oradores se concentrando
na afirmação da necessidade de estarem os municípios envolvidos, todos juntos,
para que não sejam apenas explorados os recursos naturais da região do Tapajós,
em troca somente dos grandes impactos que ocorrerão, sobretudo no que tange às
questões sociais.
A preocupação com o aumento desordenado da população foi
manifestada por quase todos os prefeitos que fazem parte do Consórcio. Todos
eles ressaltaram a necessidade de lutar unidos para que as compensações para
esses municípios sejam definidas antes do início das obras das hidrelétricas.
Não repetir os erros ocorridos com Belo Monte, pois Altamira
passa por um momento ímpar em sua história, com grande aumento populacional e
de circulação de dinheiro, mas, a um preço muito elevado, pois o município não
estava preparado para esse momento. Essa foi outra grande preocupação externada
por vários oradores.
O promotor Maurim Vergolino disse que o Ministério Público
estará atento para evitar que a comunidade fique apenas com os pontos negativos
dos empreendimentos. O Ministério Público vai se fazer presente, disse ele,
afirmando que o MP vai se opor a esses empreendimentos, se for preciso. Ele
afirmou ainda, que na próxima semana vai haver uma notícia a respeito dos
portos de Miritituba, envolvendo o MP, tendo deixado em suspende, se será
notícia positiva ou negativa.
No final houve a participação da plateia, que pôde fazer
perguntas e colocações a respeito do que foi falado no encontro.
O ponto negativo foi o atraso de duas horas para o início do
seminário, que estava marcado para começar às sete da noite, mas, só foi
iniciado às nove.
Excetuando isso, o seminário foi uma iniciativa louvável e
necessária, pois embora esse assunto seja tratado com frequência pela imprensa,
no meio da sociedade ele não tinha sido ainda discutido de forma coletiva.
As pessoas puderam tomar conhecimento mais aprofundado a
respeito de um assunto da maior relevância para toda esta região, e para o
Brasil, pois tanto os portos quanto as hidrelétricas interessam ao País como um
todo, porque são duas necessidades urgentes.
O que não pode, e isso foi bem enfatizado, é o governo
federal, que fica lá no Centro Oeste, preocupar-se somente absorver em
facilitar a construção de portos para o escoamento da produção agrícola de Mato
Grosso, bem como com a construção de hidrelétricas no Tapajós para servir às
indústrias do Sul e do Sudeste do País, sem que haja as compensações
necessárias para minorar os impactos sociais, pois quanto aos impactos
ambientais o governo está por demais preocupado, por causa das cobranças que
recebe.
Espera-se, a partir de agora, uma participação mais ampla da
sociedade de todos esses municípios que fazem parte da região do Tapajós, pois
trata-se de um assunto que diz respeito a todos.Baseado na matéria do Jota Parente.
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