domingo, 24 de outubro de 2010

Ana Júlia diz por que quer continuar no governo

Ana Júlia(PT) revela o choque de planos distintos para o Brasil

No diário online:
No Pará, o segundo turno das eleições ao governo do Estado remonta o embate entre os dois projetos distintos para o Brasil que disputam a presidência da República. É o que afirma a governadora e candidata à reeleição Ana Júlia Carepa (coligação Acelera Pará - PT, PR, PSB, PC do B, PP, PDT, PTB, PSC, PRB, PV, PHS, PTC, PT do B e PTN) nesta entrevista, que faz parte dos dois últimos encontros que o DIÁRIO faz com as ideias e propostas dos dois candidatos que chegaram ao segundo turno das eleições ao governo do Estado, a acontecer dia 31 de outubro. Confira:


P: Porque os eleitores do Pará devem escolher a senhora e não o outro candidato?


R: Porque são projetos distintos que estão em disputa. O nosso projeto é o que atende aos interesses da maioria do povo. Nós governamos para todos sim. Governamos tentando diminuir as desigualdades imensas que existem entre os que mais têm e os que menos têm, diminuindo também as desigualdades regionais. Nós governamos para todo o Estado do Pará, e governamos criando políticas de inclusão social e também tentando fazer com que o Pará deixasse de ser mero exportador de matéria-prima. Isso é uma mudança estruturante profunda no modelo de desenvolvimento do Pará. O Pará sai do tempo do Brasil Colônia e entra na era de industrialização da sua riqueza com respeito ao meio ambiente. Então nós representamos a continuidade de um modelo de desenvolvimento que começou no Brasil com o Lula [o presidente Luiz Inácio Lula da Silva]. Fizemos muitas parcerias com o presidente Lula e achamos que precisamos dar continuidade, porque não foram suficientes quatro anos. Como para o Lula também não foi suficiente para ele governar e fazer as transformações que fez nesse país.


P: No primeiro turno a senhora ficou atrás do outro candidato e agora aparece nas pesquisas em segundo lugar. Isso não é um indicativo de que os paraenses reprovam seu primeiro mandato?


R: Tivemos um resultado muito positivo no primeiro turno. As pesquisas diziam que eu nem chegaria ao segundo turno. O povo preferiu esperar mais tempo e comparar as propostas. O que eu vejo hoje quando ando nas cidades, quando eu reúno, são as pessoas preocupadas em dar continuidade a essas políticas públicas. Ninguém quer que o Bolsa Trabalho acabe. As pessoas não querem que o trabalho que começou a acontecer como o Ação Metrópole acabe. As pessoas têm preocupação que esses projetos parem.


P: A senhora foi eleita com o discurso da mudança. A mudança realmente aconteceu no Estado?


R: A mudança aconteceu sim. A questão é que se propagandeia de uma forma caluniosa que ela não aconteceu, mas não é verdade. Eu sofro calúnias todos os dias. Nenhum governo foi tão atacado quanto o meu. Hoje, as pessoas podem perceber melhor e conhecer porque essas políticas públicas estão espalhadas em todo o Estado do Pará.


Um exemplo de mudança profunda é você ter internet em 46 cidades deste Estado. São 160 infocentros no Pará. É uma mudança profunda que hoje as escolas públicas tenham recebido reformas e até ar condicionado. E isso não acontecia no Pará. Os estudantes recebem uniformes, recebem material escolar e isso não acontecia. Isso é uma mudança profunda. E uma das mudanças profundas que nós fizemos é essa que não é uma mudança que realmente as pessoas consigam perceber de forma imediata, mas a mudança do modelo de desenvolvimento. Conseguimos trazer Belo Monte, mas conseguimos trazer mais R$ 4 bilhões só para compensação ambiental, para o plano de desenvolvimento regional sustentável do Xingu. Fomos buscar no Maranhão uma siderúrgica que praticamente tínhamos perdido. Nós trouxemos programa do biodiesel que vai transformar o Pará no maior produtor de biodiesel do mundo. Isso é a transformação mais profunda que podia ter acontecido. E junto com essa transformação profunda, políticas de inclusão social. Quando eu dou oportunidade para mais de 70 mil jovens, através do Bolsa Trabalho, e mais de 20 mil através do Pro Jovem, estamos falando de quase 100 mil jovens beneficiados com cursos profissionalizantes, com educação. Isso significa inclusão social.


P: A que se atribui a debandada de parlamentares eleitos na sua aliança no primeiro turno? Hoje eles apoiam o adversário...


R: É um processo na democracia que eu considero natural. Eu também tenho apoio de parlamentares do DEM, de parlamentares do PPS. Prefeitos de partidos que não são da nossa base. A nossa maior aliança, eu te garanto, tem sido é com povo.


P: A senhora faz parte de uma corrente dentro do PT, a Democracia Socialista, que é acusada de ser sectária e de ter atrapalhado outras alianças. É essa corrente que manda no governo?


R: Quem manda no nosso governo sou eu. Eu sou a governadora, mas acima de tudo, este é um governo para o povo e do povo. Eu governo de forma muito tranquila acima de qualquer tendência e até acima de partidos políticos.
Leia a entrevista completa clicando aqui

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