sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Operação "Viúva Negra" desvenda o Caso Joelson

Conheça os detalhes da operação que desvendou o crime que chocou o Estado há cerca de um mês.


Há exatos 31 dias Joelson Sousa foi encontrado morto e esquartejado em um quarto de motel na BR 316. Para dificultar a identificação, a cabeça da vítima foi levada pelos assassinos e os dedos despejados na privada e encontrados depois na fossa do motel.

Inspirados na aranha que mata o macho após o ato sexual, a Polícia Civil denominou 'Viúva Negra' a operação desenvolvida para encontrar os assassinos de Joelson. Até chegar ao desfecho do caso as ações da polícia percorreram os municípios de Belém, Ananindeua, Santa Izabel, Novo Repartimento, Santarém, Monte Alegre e Almeirim, onde foram encontrados os supostos assassinos.

Pegadas, marcas de sangue e impressões digitais foram os primeiros indícios dos movimentos dos assassinos. Através de um produto encontrado no quarto do motel a polícia detectou, pelo código de barras, que Savana Nathália e Raimundo haviam estado em um supermercado.

LIGAÇÕES
Na residência da vítima foram encontradas anotações entre as quais constavam o nome completo da principal suspeita - Savana Nathalia Barbosa Cruz, e os números do seu CPF e RG, que supostamente a vítima utilizava para lhe mandar dinheiro e bens por correspondência.

 
Seis dias antes do crime, o próprio Joelson registrou na Seccional da Marambaia um Boletim de ocorrência comunicando que Raimundo Nonato ficou de transportar seus bens para Macapá. O acusado já teria feito outros fretes para a vítima. Uma cômoda, uma cama, um computador e R$ 2 mil teriam sido levados por Raimundo em uma Kombi. No entanto uma ‘esposa’ de Nonato entrou em contato por telefone com Joelson e avisou que os bens não chegaram ao seu destino, pois Raimundo teria fugido com uma amante. O boletim de ocorrência serviria como garantia pra vítima e foi encontrado no kitnet em que Savana vivia, em Santa Izabel. Através desses indícios a polícia conseguiu então estabelecer o elo entre Joelson, Raimundo e Savana.

REDES SOCIAIS
Além das buscas na casa da vítima, outro recurso utilizado pela polícia foi o seu perfil em uma rede social na Internet. A polícia fez o levantamento de informações que pudessem relacionar a vítima aos assassinos e à sua possível localização. Através de fotos postadas em ambos os perfis virtuais, a polícia chegou à casa de Savana e ao balneário Porto de Minas, em Santa Izabel, onde ela esteve com Raimundo dias antes do assassinato.

No perfil virtual da vítima as informações de que era solteiro e que teria interesse em conhecer mulheres indicam que o relacionamento acontecia apenas virtualmente. Já no perfil de Savana, ela indicava que vivia em Itaituba e Joelson constava na sua lista de amigos. Através da foto em que a vítima aparece em frente a uma tela de computador com a foto de uma mulher ao fundo a polícia detectou a fachada do kitnet da ‘Viúva Negra’.
A certeza de que Savana era a ‘Viúva Negra’ veio quando, ao comparar o retrato falado feito com base nas descrições dos funcionários do motel e as fotos do perfil virtual a polícia constatou que a semelhança facial era de 70%. Uma mulher de pele clara, sobrancelhas e lábios finos, olhos pequenos e cabelos na altura do ombro com mechas loiras, aparentando entre 38 a 43 anos, com altura entre 1,60 e 1,65m e compleição física considerada ‘forte’. Essa era a descrição da suspeita.

PRISÃO
Na noite de ontem (11) o casal chegou a Belém, escoltado pela Polícia Civil, depois de terem sido capturados.
Depois de 30 dias em fuga, Savana Nathália foi presa em uma embarcação em Almeirim, quando tentava fugir para Macapá. Raimundo Nonato foi preso no terminal Rodoviário do Município de Novo Repartimento, quando tentava fugir para o estado do Maranhão.

 
PROXIMOS PASSOS
A partir de agora a Polícia Civil vai priorizar a coleta de depoimentos dos acusados, que serão encaminhados pela manhã para a realização de exame de corpo e delito no Instituto Médico Legal.
(Diana Verbicaro e Marina Chiari/ DOL, com informações da Polícia Civil)
Veja também:
>> Mesmo com mudança de visual, Savana é reconhecida
Coordenada pela Divisão de Homicídios da Diretoria de Policia Especializada da Polícia Civil, a operação teve início no dia 11 de julho, um dia após a morte da vítima.

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