Precisa-se esclarecer o que de fato ocorreu durante a
“Operação Eldorado”, levada a efeito na quarta-feira (07), quando a Polícia
Federal cumpria mandado para extinguir garimpos ilegais na divisa do Pará com o
Mato Grosso, nos domínios das etnias mundurucus e caiabis.
> Índios teriam participação nos garimpos
O PF relata que líderes indígenas tinham participação nas
atividades garimpeiras ilegais e é possível que estes tenham organizado a
reação à operação, que resultou na morte de um índio e feridos de ambos os
lados.
Não é a primeira vez que se constata o conluio entre índios e
“brancos” explorando ilegalmente riquezas minerais ou florestais em reservas.
> A lei é para todos, inclusive para os índios
É necessário fazer com que os índios entendam, ou aceitem,
que eles não são uma nação que constitua um país dentro do Brasil e estão, como
qualquer cidadão, respeitadas as exceções da condição jurídica a eles
aplicadas, sujeitos à lei e não acima delas.
Todavia, a Polícia Federal, em sabendo que faria uma operação
em área de reserva, deveria se ter cercado de cuidados para evitar o confronto.
> A surpresa teria gerado a reação
Alegam, os habitantes das reservas, que foram pegos de
surpresa pela ação da PF e por isso houve a reação, ao não saberem o que
ocorria.
Isso, todavia, não lhes elide a responsabilidade. A PF
cumpria uma determinação judicial, portanto, era ali delegada da República
Federativa, à qual todos, inclusive índios, estamos sujeitos.
Além do mais, a PF não pode avisar sobre a suas operações,
pois no segredo esta a alma do sucesso que elas logram alcançar.
Leia aqui um relato do estudante Sandro Munduruku sobre a
operação. Fonte, Blog do Parsifal.
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