quinta-feira, 17 de outubro de 2013

É a política, estúpido!

"Hoje encerro meu jejum aqui para participar ativamente, e com muita alegria, do debate com os senadores e senadoras que integram o Senado do meu país. Passei aqui seis anos e meio como líder da grande bancada do PMDB nesta Casa. Acho que talvez, por ter falado demais e por ter atritado demais, eu acabei tendo que deixar a Casa. Graças a benevolência do povo do Pará, eu aqui estou de volta".
> Mudança de postura
A frase é do primeiro discurso do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), depois de um auto imposto exílio discursivo no Senado, desde que tomou posse, em dezembro de 2011.
A imprensa repercutiu a mudança de postura interpretando-a como parte das ...
...articulações para lançar Helder Barbalho (PMDB), candidato ao governo do Pará, em 2014.
> Conversas com o PT e encontro com Lula
As tratativas desta candidatura iniciaram, com a direção local do PT, na segunda metade de 2012, e evoluíram para um encontro, em São Paulo, com o ex-presidente Lula. A aliança PT-PMDB polariza os antagonismos eleitorais no Pará e pode tornar a eleição de 2014 em uma corrida de um só turno.
> Luz roxa
A articulação acendeu a luz roxa no Palácio dos Despachos, e Simão Jatene arregimentou a si mesmo para minar a aliança, investindo para que algumas lideranças do PT a recusem.
A ida de Ana Júlia à inauguração da Santa Casa, que alguns desavisados interpretaram como “política de alto nível”, apenas foi um movimento naquela direção, ou seja, nem política de alto, e nem de baixo nível: apenas política.
> Antecipação da querela
Aperreado, Simão Jatene, como o PMDB, antecipou o palanque e, em respostas às investidas de uma oposição que ele nunca teve, pronuncia-se direcionando ataques diretos a Jader e Helder Barbalho, o que acabou trazendo esse a um dos polos da eleição.
> Especulando
O retorno de Jader Barbalho à tribuna – e o Senado e a imprensa nacional deitam-lhe ouvidos - também pode ser a tomada de um espaço privilegiado, de onde poderá responder às acusações de Jatene, dando repercussão nacional ao que é denunciado, localmente, pela oposição.
> Parafraseando James Carville
James Carville, professor de Ciência Política e comentarista político norte-americano, foi o estrategista político de Bill Clinton na eleição de 1992. No comitê central da campanha pregou na parede uma frase: “É a economia, estúpido!”. A cunha lembrava ao comitê que era imprescindível atacar Bush no seu pífio desempenho econômico.

Os recentes movimentos que sacodem as correlações de forças eleitorais no Pará, inclusive o jogo desesperado do governador de romper a linha da improbidade administrativa ao, deliberadamente, desviar o uso dos recursos arrecadados com a taxa mineral, têm uma singela explicação: “É a política, estúpido!”.

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