terça-feira, 20 de março de 2012

Senador Jader Barbalho recebe Sindicato dos Urbanitários

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Pará, também chamado de Sindicato dos Urbanitários, estiveram ontem com o senador Jader Barbalho, em Belém, para discutir a crise na Celpa. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial no final do mês passado. A situação, dizem os representantes dos trabalhadores, é muito grave, e um colapso no setor pode acontecer a qualquer momento.

             Ronaldo Cardoso, presidente do sindicato, disse que a Celpa está na pior situação das concessionárias de energia elétrica do Brasil e que os trabalhadores vêm denunciando a má gestão há muito tempo. “Não há investimento no sistema, a terceirização está desenfreada, os acidentes de trabalho aumentaram muito e mais de dois mil trabalhadores da empresa foram demitidos, sem falar nos repasses de dinheiro para fora do estado - mais de 600 milhões –, isso tudo aconteceu nesses 14 anos de privatização”.
              O TMA (Tempo Médio de Atendimento) nas unidades consumidoras, em 1998, era de 99,89 minutos (1h40) e em 2010 chegou a 693 minutos, ou seja, 11h33. Os indicadores de continuidade do serviço, DEC (Duração Equivalente de Interrupção, medida em horas/ano) e o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor, medida em número de vezes), alcançaram em 2010, 101 horas/ano e 53 vezes por ano, respectivamente, enquanto que a média nacional referente ao DEC é de 16 horas e para o FEC, 11 vezes.
DIMENSÃO
              O presidente do sindicato falou também que a Celpa não levou em conta a dimensão do Pará e que a gestão foi centralizada na avenida Paulista, em São Paulo. “A Celpa quer o aumento da tarifa, mas a responsabilidade desta crise não é dos trabalhadores nem do povo paraense, e sim da péssima administração”.
              A posição dos trabalhadores é pela federalização, ou seja, a Eletrobrás sanear a empresa. No documento de avaliação da entidade sindical entregue ao senador Jader Barbalho, estão enumerados vários problemas da empresa.
              A terceirização dos serviços, por exemplo, foi triplicada nos últimos 12 anos. A Celpa tem 2.158 funcionários próprios e 2.041 terceirizados. Além disso, segundo a avaliação dos dirigentes sindicais, todas as atividades fins da Celpa têm na sua execução a presença de mão de obra oriunda de prestadoras de serviço e até as atividades estratégicas como plantão, fiscalização de unidades consumidoras e corte, são realizadas por empreiteiras que têm grande rotatividade e isso reflete na péssima qualidade dos serviços.
             “Enquanto isso, a direção da Celpa continua a ladainha de atribuir à chuva, à floresta, aos buracos na estrada e aos índios a responsabilidade pelo péssimo desempenho nos indicadores de continuidade e qualidade”. (Diário do Pará)

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